UM MUNDO DE IGUALDADE E CORES DE POSSIBILIDADES

Agosto traz um arco-íris de desejos e esperanças coletivas entre mulheres lésbicas e bissexuais, cis e trans, que se reconhecem nas violências que estruturam o patriarcado. O sexismo patriarcal macula a presença e o lugar feminino, autorizando posturas machistas abstratas que inferiorizam e ameaçam as perspectivas epistemológicas das mulheres, e coloca o heterossexismo em um lugar de privilégios em que as mulheres estão na subalternidade social, cultural e política.

No mês de agosto, forte e imponente para algumas crenças e credos, é também o mês que se comemora a visibilidade lésbica e o orgulho de amar e ser amada sem engavetamentos ou prisões em armários.

Para Kimberlé Crenshaw (1991), o ato de interseccionar as discriminações de gênero, classe e raça tem o poder de promover avanços concernentes aos direitos humanos. Portanto, discutir e reivindicar a inclusão e o lugar de paridade para as mulheres, sendo elas lésbicas ou bissexuais (cis e trans) é indicar a perspectiva que desafia a “ordem” heterocentrada estabelecida e incutida na sociedade brasileira, mas que se anuncia como urgente e necessária.

Possibilidades, igualdade, paridade, justiça e reparação, são eixos sociais que anunciam os desejos e sonhos entre as mulheres. Estar livres, vivas e autônomas de si, é a tríade do bem comum e do desejo maior para uma epistemologia negra e sapatão.

A luta dessas mulheres se dá há muitos anos, desde o início das discussões que denunciam “o não lugar das mulheres”.  Para tanto, pensar em políticas públicas para o enfrentamento à violência contra as mulheres e, em especial, às mulheres negras, lésbicas, bissexuais, cis e trans é o alimento que possibilita o avanço na sociedade que se anuncia democrática.  Queremos ver mulheres nas instâncias de poder, queremos eleger mulheres em todo o parlamento brasileiro, seja ele federal, estadual ou municipal. Essa revolução é necessária e possível.

O Brasil precisa se mostrar austero na defesa de políticas que se coloquem positivas e oportunas para todas as mulheres. É preciso positivar a imagem e presença feminina no congresso brasileiro. É preciso fazer valer as leis de cotas que fortaleçam e oportunizem espaço para as mulheres. É preciso avançar. É preciso que cada cidadã e cidadão se coloque em defesa das pautas femininas. Mas, é necessário que essa defesa em favor das mulheres esteja cotidianamente sobre toda sociedade, não apenas em datas comemorativas ou de orgulho para nós.Precisamos do apoio e do entendimento de todes, todas e todos.

Não dá mais pra seguir teorizando democracia sem a prática democrática de fato.

Um Brasil de respeito e de direitos iguais, é o que queremos!!!

MULHERES, FILIEM-SE AO PSB! 

 

POR JANDA MAWUSÍ