A eleição de Nelson Pelegrino para governar Salvador como uma opção democrática, contrapondo-es às velhas práticas concentradoras de riqueza que maltrataram a cidade e segregaram o seu povo dá o tom do manifesto assinado por mais de 300 personalidades da Bahia e do Brasil, dentre as quais o ator José de Abreu (Avenida Brasil) e a escritora Mabel Veloso.

O documento foi apresentado, na noite desta terça-feira (23), em hotel da capital baiana, durante encontro que reuniu mais de 500 profissionais liberais, artistas e intelectuais engajados na campanha do candidato. A senadora Lídice da Mata(PSB) que participou do evento, considerou a manifestação bastante expressiva.

Os discursos do governador Jaques Wagner, de Pelegrino e sua vice Olívia Santana ressaltaram o projeto político petista, de consolidação da democracia e da redução das desigualdades sociais, para vencer a ameaça do retrocesso representado pelo grupo da prática do mandonismo e do autoritarismo na Bahia, representado por ACM Neto.

“Não passarão aqueles que querem reimplantar no território de Salvador, terra de Castro Alves, a semente do atraso. Não permitiremos que eles tentem fazer dessa cidade – que é farol da diversidade – o farol da intolerância, da intransigência, do mandonismo e da falta de liberdade”, afirmou Wagner.

Joaci Góes – identificando-se como tucano histórico, o empresário, político e intelectual Joaci Góes também participou do ato em apoio a Pelegrino. “O embate que nós travamos nesse momento tem um sentido de saber se a Bahia quer de fato avançar ou se quer mergulhar na direção do pior passado”, afirmou, relembrando a perseguição que sofreu durante os governos do avô de ACM Neto.

“Quantos empresários da Bahia – e Waldir Pires sabe disso – evitaram sequer me encontrar e me saudar em público para que não fossem denunciados ao feitor de plantão?”, contou Joaci, exaltando por outro lado a biografia de Pelegrino como “um homem com 30 anos de vida pública absolutamente irretocável”.

Falaram também os vereadores eleitos Waldir Pires e Edvaldo Brito, o poeta José Carlos Capinan e o secretário de Relações Internacionais da Bahia, Fernando Schmidt. De artistas a políticos, educadores, juristas, acadêmicos, empresários e até caciques indígenas, o manifesto traz assinaturas de diversas áreas, destacando-se a deputada federal e ex-prefeita de São Paulo, Luiza Erundina (PSB), e personalidades baianas como os ex-ministros Roberto Santos e Juca Ferreira; o diretor da Faculdade de Direito da UFBA, Celso Castro; o jurista Vanderlino Nogueira Neto, indicado pela presidente Dilma para compor o Conselho de Direitos Humanos da ONU, os artistas Armandinho Macedo e Gerônimo; e os presidentes de blocos afros Vovô, do Ilê, e João Jorge, do Oldodum.

Assessoria

24/10/2012