A senadora e pré-candidata ao governo do Estado, Lídice da Mata (PSB), participou, na manhã desta terça-feira (20), do Seminário Diálogos com a Juventude promovido, em Paulo Afonso, pela Faculdade Sete de Setembro (Facete). Ao lado do pré-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, e da pré-candidata ao Senado Federal, Eliana Calmon, Lídice defendeu que a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) seja comandada por um técnico baiano.

“Um técnico com raízes baianas deve ser o presidente da Chesf. Quem mais produz e mais consome a energia da Chesf tem condição de pensar políticas públicas para desenvolver toda essa região aqui do Estado”, afirmou Lídice para uma plateia de cerca de 300 estudantes secundaristas e universitários, além de militantes e lideranças da aliança PSB-Rede Sustentabilidade.

A socialista comentou sobre a situação do Hospital de Paulo Afonso, que é gerido pela Chesf, mas que não possui um Centro de Tratamento Intensivo (UTI). “Por um tempo se pensou que o Estado iria incorporar o Hospital da Chesf, o que não veio a acontecer. E, com a queda do preço da energia, a Chesf argumenta que perdeu a possibilidade de manutenção do hospital”, contextualizou.

Lídice também defendeu que o Estado deve assumir o hospital temporariamente até que ele seja incorporado à Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) para servir de hospital-escola do curso de medicina, que está em fase de implantação na cidade.

Na entrevista coletiva à imprensa da região, a socialista foi indagada sobre qual seu objetivo ao lançar seu nome como pré-candidata ao governo do Estado. “A Bahia não vai se entusiasmar por uma proposta que é a volta ao passado, com os mesmos atores que comandaram a Bahia lá atrás, numa política já ultrapassada. Por outro lado, e pelo que vejo em minhas andanças, a Bahia quer mudança, uma mudança diferenciada”, disse.

A senadora criticou a coalizão partidária montada para dar governabilidade ao Governo Federal e aos governos estaduais. “As alianças que comandam o Brasil contaminaram a política brasileira, fizeram com que não houvesse a mudança como se desejava, embora tenhamos prometido a mudança. Não foi como a população queria, e isso gerou uma frustração. E isso, nossa chapa tem condição de prometer e assegurar”.

A ex-ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Eliana Calmon, respondeu sobre a falta de apoios às pré-candidaturas do PSB e da Rede. “Não estamos aqui com a sala cheia de prefeitos, mas cheia de alunos. Não temos tantas coligações e tantos apoios porque não temos o que dividir. Temos trabalho a fazer, está do nosso lado quem tem um ideal a perseguir”, disse.

 Ascom PSB-Bahia