A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) foi à tribuna, nesta sexta-feira (5), para protestar contra a rejeição pelo Plenário da indicação de Vladimir Barros Aras para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Em sua opinião, uma minoria no Senado deixou-se levar “pelo sentimento de vingança e mesquinharia” para derrotar um homem probo, que teve o nome indicado e confirmado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

– Tenho recebido inúmeros e-mails da Bahia, buscando o porquê da rejeição do professorVladimir. Além de respeitado no meio jurídico baiano, ele é também querido pela sua capacidade de liderança e agregação, além de muito respeitado pelos alunos – afirmou Lídice.

O procurador da República recebeu 38 votos favoráveis – seriam necessários 41 para a sua aprovação – e 17 contrários. No fim do processo de votação, alguns senadores pediram que seus votos favoráveis fossem computados, mas o pedido foi negado pelo presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), sob alegação de que o resultado já havia sido anunciado e ele não poderia colher mais votos.

Voto aberto

Para Lídice da Mata, a Bahia está se sentindo ofendida com a posição tomada pelo Senado sem justificativa. Ela destacou que Vladimir Aras foi escolhido por quase 500 procuradores da República numa lista tríplice para concorrer ao cargo e informou que vai apresentar um recurso à Mesa da Casa para rever a decisão, visto que, no passado, o Senado já reverteu votações similares.

Na opinião da senadora, o episódio demonstra mais uma vez a necessidade da adoção do voto aberto no Parlamento brasileiro.

Em aparte, a senadora Ana Amélia (PP-RS) concordou com a colega:

– Se o voto não fosse secreto, isso não teria acontecido – afirmou.

Fonte: Agência Senado