Diante de uma plateia de estudantes de diversas universidades, entre elas a Federal da Bahia (Ufba) e a Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), a pré-candidata ao governo do Estado Lídice da Mata fez uma comparação com o Papa Francisco, ao citar que sua campanha será marcada pela simplicidade. “Não temos dinheiro, aviões, nem tempo de TV. Nossa campanha será como a do Papa Francisco, marcada pelo contato direto, olho no olho, porque ninguém conquista o poder para mudá-lo se não vier na contramão do poder estabelecido”.

A declaração foi feita durante o ato público “Dialogando com a Juventude”, realizado nesta segunda-feira, 12, no auditório da Faculdade Independente do Nordeste (Fainor), em Vitória da Conquista, que contou com mais de 500 pessoas presentes, entre universitários, militantes e lideranças do PSB-Rede, que fizeram dezenas de perguntas à senadora e a pré-candidata ao senado, Eliana Calmon, e à presidência da República, Eduardo Campos.

Lídice também explicou que se eleita governadora, não vai admitir receber apoios que mudem seus programas e sua identidade. “Não dá para aceitar as alianças com esses que ficam com o governo para colocá-lo para trás. Quero ser governadora para fazer diferente”, acrescentou.

Ministra aposentada do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, disse que sua candidatura representará uma ação de reintegração de posse dos espaços públicos que foram abandonados pelas pessoas de bem e ocupadas por pessoas despreparadas e oportunistas. “Quero me apossar de espaços públicos que foram tomados por pessoas sem qualificação para estar lá”, afirmou.

O presidenciável Eduardo Campos reforçou que o objetivo dele e da pré-candidata a vice na chapa, Marina Silva, é visitar o maior número de cidades brasileiras até o mês de julho, quando será apresentado o programa de governo da aliança nacional PSB-Rede. Ele também criticou a presidente Dilma Rousseff ao citar que ela “foi eleita para mudar o Brasil, mas se aliou às raposas de Brasília para sugar os nossos sonhos”.

Quanto ao cenário baiano, o presidente nacional do PSB classificou a disputa na Bahia entre o ontem e o hoje. “Mas nós queremos o futuro, com Lídice da Mata e Eliana Calmon”. Durante o debate, Campos também respondeu a perguntas sobre mobilidade urbana, ações de convivência com a seca, corrupção e segurança pública.

Cenário nacional

O pré-candidato à presidência da República revelou que as pesquisas de intenções de votos apontam a possibilidade de haver um segundo turno das eleições, em função do baixo desempenho da candidata petista Dilma Rousseff nas pesquisas de opinião.

Para o presidente nacional do PSB, “as pessoas não querem a volta do passado para levar aquilo que o povo construiu”. O socialista também citou que na sua disputa ao governo de Pernambuco, iniciou pontuando apenas 4% nas pesquisas, fazendo campanha do mesmo jeito que faz agora, sem grandes estruturas e apoio de partidos. “Assim como lá atrás, nós estamos crescendo e enquanto eles estão desesperados eu e Marina seguimos como nossa tarefa de fazer o Brasil enxergar na prateleira das escolhas uma oportunidade de mudar o Brasil”, disse.

Ascom PSB-Bahia