O presidente da Frente Parlamentar em Defesa de Direitos e de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência da Bahia, deputado Angelo Almeida (PSB), apresentou Moção de Repúdio contra a desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Marília Castro Neves, que zombou da atividade pedagógica da primeira professora com Síndrome de Down do Brasil, Débora Seabra, que atua como auxiliar na Escola Doméstica de Natal, no Rio Grande do Norte.

Entre outras ofensas, a magistrada fez o seguinte questionamento em postagem em um grupo fechado do Facebook: “o que será que essa professora ensina a quem???”. E completou: “um momento que eu fui ali me matar e já volto”.

Para o deputado Angelo Almeida a atitude da desembargadora é inaceitável. Ele ressaltou que posturas como essa mancham o código de ética da magistratura e em nada contribuem para fortalecer a luta pelas políticas de inclusão. “Esta desembargadora, que por sinal é a mesma que postou na semana passada em seu Facebook que a vereadora Marielle Fraga ‘estava engajada com bandidos’, traz uma mensagem carregada de preconceito e insensibilidade”, afirmou.

O deputado disse ainda que “a professora Débora é motivo de orgulho para as pessoas com Síndrome de Down e as entidades que lutam, há anos, pela garantia de direitos. Assim como deve ser um orgulho para todos os brasileiros que prezam pela inclusão e pela igualdade”.

Em uma carta para a desembargadora, a professora que já possui 13 anos de carreira, afirmou que ensina os alunos sobre respeito. “O que acho que importante de tudo isso é ensinar a incluir as crianças e todo mundo para acabar com o preconceito, porque é crime”, declarou Débora.