Somente no estado da Bahia, seis crianças e adolescentes por dia sofreram algum tipo de abuso sexual, sem contar o abuso físico ou psicológico no ano passado. Isso foi captado pelos dados, mas sabemos que a subnotificação é enorme: estima-se que a maior parte das violências nunca cheguem a ser denunciadas, mantendo-se principalmente silenciadas nas famílias. Lamentavelmente, para o abuso infantil, assim como a violência contra a mulher, o agressor geralmente é um familiar próximo. Também é comum que seja um conhecido da família. Por isso é fundamental que os familiares quem amam e respeitam a criança estejam atentos a qualquer sinal de violência e abuso.
Dicas para autoproteção das crianças a partir de 3 anos:
3 aos 5 anos – Nesta idade, as crianças já podem aprender a identificar as partes íntimas de seu corpo e o que ela não pode permitir que façam com seu corpo.
A partir dos 5 anos – A criança pode aprender noções de segurança pessoal, assim como ela já aprende, por exemplo, situações de risco como atravessar a rua.
A partir dos 8 anos – Deve-se iniciar um trabalho de informação sobre as condutas sexuais que são aceitas, de acordo com crenças e convicções de cada família
Observe os sinais:
*Mudanças no comportamento sem explicação aparente, mudança de humor, comportamentos regressivos e agressivos, sonolência excessiva, perda ou excesso de apetite;
*Lesões, hematomas e machucados que não tenham explicação clara ou coerente de como aconteceram;
*Ocorrência de doenças sexualmente transmissíveis;
*Medo de adultos, medo de alguma pessoa específica que pode ser o potencial agressor, medo de escuro ou de ficar sozinho;
*Interesse sexual precoce através de brincadeiras de cunho sexual e uso de palavras ou desenhos que se referem às partes íntimas de forma precoce podem indicar uma situação de abuso.
Ajude a combater o abuso infantil na sua cidade!
Maurício Galvão, vice-presidente nacional da Juventude Socialista Brasileira (JSB)