Embora o prazo de filiações partidárias para candidaturas às eleições tenha se esgotado desde outubro passado, o PSB da Bahia continua atraindo lideranças políticas do interior e da capital. Nesta sexta-feira (28), o partido empossou a nova comissão provisória em Feira de Santana, sob a presidência de Sinval Galeão.

“Queremos refundar a militância das ideias, a militância que não se aglutina em torno de estruturas de poder, seja este o poder liderado pelo governo do Estado ou pela Prefeitura de Salvador. Queremos reunir pessoas, não máquinas, queremos reunir ideas, queremos acordar a militância política de esquerda adormecida na Bahia”, destacou a presidente estadual do partido, senadora Lídice da Mata (PSB).

Lídice referiu-se a Sinval Galeão, Osanah Leite, Celso Pereira como representantes do legado de resistência do ex-prefeito de Feira, Chico Pinto, contra o autoritarismo. “Estamos vivendo um momento singular, estamos às vésperas da data em que rememoramos os 50 anos do Golpe Militar e não podemos jogar a história por debaixo do tapete. Queremos reencontrar aqueles que eram jovens em 1964 e enfrentaram as cassações, a tortura e o autoritarismo em torno de uma nova política capaz de provar que não é necessário fazer alianças e costurar acordos que nos levem à nossa própria negação”,completou a senadora.

Segundo Sinval Galeão, a luta do PSB de Feira será pela quebra do continuísmo e pelo enfrentamento ao autoritarismo.  Para Osahah Leite, as pré-candidaturas de Lídice da Mata ao governo do Estado,  Eliana Calmon, ao senado e de Eduardo Campos e Marina Silva à presidência da República despontam como alternativas para o momento de ceticismo e descrença da população com o processo de escolha por seus governantes pela via democrática. “Na direita assumida, o ‘chefismo’ sempre foi fator preponderante, haja vista que o Neto, sucedendo o avô, vai indicar o candidato das oposições na hora que desejar. Não tínhamos essa vivência na esquerda, pois o partido do governo foi quem sempre se jactou a fazer eleições pra seus candidatos internamente, mas agora também permitiu-se ter um chefe que indica o sucessor sem discussão e sem sensibilidade. É neste cenário que Lídice apresenta-se para a Bahia como opção limpa e pura do pensamento democrático, a alternativa para os que crêem na vida pública como forma de realização do bem comum”, destacou.

Para o secretário geral do PSB, Domingos Leonelli, a pré-candidatura de Lídice cumpre o papel de retomar laços antigos e recuperar valores que estavam relegados a um segundo plano na política. “Vamos mostrar que é possível ganhar a eleição com uma posição progressista, avançada, sem precisar fazer alianças que em si trazem o retrocesso”, pontuou.

 

Ascom PSB-BA