Membros da Executiva Estadual do PSB reuniram-se, neste sábado (12), em Salvador, para fazer uma avaliação política das manifestações ocorridas em todo o Brasil, iniciadas com às passeatas reivindicando  redução das passagens de ônibus, encabeçada pelo Movimento Passe Livre.

De acordo com a presidente estadual da sigla, senadora Lídice da Mata, a reunião também foi importante para discutir o posicionamento do PSB Nacional que divulgou uma nota oficial, intitulada “O PSB e o novo Brasil”, na última terça-feira (2), após reunião realizada em Recife, convocada pelo presidente nacional do partido, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

“A gente não pode endeusar as manifestações e nem desprezá-las. Negar o conteúdo novo das manifestações é um absurdo porque as ruas não estão deixando de reconhecer os últimos 10 anos de conquistas. O povo quer mais”, frisou Lídice da Mata.

A senadora ainda reforçou que o partido está comprometido a aprofundar, conforme orientação da Executiva Nacional, essas bandeiras na Bahia. Para tanto, a presidente salienta, que o PSB fará um seminário no próximo dia 13 de julho, com a participação da ex-prefeita do Estado de São Paulo, atual deputada federal Luiza Erundina.

Estiveram presentes na reunião, o secretário nacional da Juventude Socialista, Bruno da Mata; Davi Souza, secretário estadual da Juventude; Ari Sena, secretário do Movimento Negro; Luciana Cruz, secretária de Mulheres; os vereadores Fabíola Mansur, Silvio Humberto e Carlucho; Nair Goulart, presidente da Força Sindical; Waldemar Oliveira, presidente da Executiva Municipal do PSB; Rodrigo Hita, primeiro-secretário; Alisson Gonçalves, secretário de Agricultura e Pesca de Itaparica; Domingos Leonelli, secretário de Turismo do Estado, Sérgio Gaudenzi, Executiva Estadual e Leandro Gaudenzi.

Fonte: Ascom PSB /BA

 

Confira o resumo da orientação do PSB Nacional:

O PSB recomenda

Aos seus parlamentares:

Conscientes de que nenhuma melhoria de serviço pode ser alcançada sem a alteração do atual pacto federativo e o fortalecimento da democracia, recomendamos aos nossos parlamentares que articulem amplo entendimento entre as diversas forças políticas e a sociedade brasileira, para a votação imediata dos projetos-de-lei que ampliam a participação e o controle social, e a melhoria dos serviços públicos, em consonância com o recado das ruas, e que ampliem a participação e o controle social bem como a criação de novos mecanismos de democracia participativa.

É o caso de:

·       efetivar como prática de consulta o uso do referendo  e do plebiscito

·       fim do voto secreto no Congresso e em todas as Casas Legislativas;

.       reforma do Poder Judiciário visando à democratização da justiça, e à agilidade processual;

·       pacto federativo que redistribua melhor os recursos e as competências da União dos Estados e Municípios;

·       unificação das eleições com o fim da reeleição e instituição de mandatos de cinco anos;

·       extensão dos critérios da ficha limpa para o exercício de cargo ou função pública em todos os níveis do Estado;

.       redução do número de assinaturas necessário à propositura de projeto de iniciativa popular;

·       fim das coligações proporcionais;

·       apoio à destinação de 10% do Orçamento da União para Saúde como instrumento necessário para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde-SUS, seu aperfeiçoamento e melhoria da qualidade do serviço prestado às populações; incluir

·       aprovação do Plano Nacional de Educação com a destinação  de 10% do PIB para a educação;

·       desoneração tributária do transporte coletivo;

·       emenda constitucional e lei de responsabilidade social que definam índices mínimos de desenvolvimento humano (IDH);

Aos governantes:

·       privilegiar as políticas de investimentos em transporte público de massa;

·       adotar a transparência da aplicação dos recursos públicos e facilitar o acesso da população à informação;

·       adotar os critérios da chamada ‘lei da ficha limpa’ para o ingresso no serviço público  e ocupação de cargos comissionados de qualquer natureza;

·       amplia os mecanismos de diálogos presencial e vrtual para aprofundar e valorizar a democracia participativa;

·       adotar o planejamento como regra das administrações.

À militância:

.       Interagir, por intermédio dos segmentos organizados na estrutura partidária (juventude, negritude, lgbt, sindical, mulheres, movimentos populares) com  os diversos movimentos sociais e populares, respeitadas suas autonomias  e diversidades;