A aprovação da política de inclusão de alunos pelas cotas raciais e oriundos de escolas públicas na Universidade de São Paulo (USP), foi destacada pelo vereador Sílvio Humberto (PSB), durante a Sessão Ordinária da Câmara Municipal, nesta quarta-feira (05/07). Na ordem do dia da Casa Legislativa, estava pautada a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2018, que foi aprovada com voto contrário do parlamentar.

Sílvio aproveitou a sua fala para registrar a importância da implantação das cotas raciais e para alunos de escolas públicas no vestibular da instituição de ensino. “A USP era um dos últimos bastiões da resistência às políticas de ações afirmativas. Uma Universidade elitista e que resistia a esse avanço, encampado por quase todas as instituições de ensino do País”, pontuou o vereador.

O parlamentar ressaltou o fato como digno de comemoração, mas sem deixar de chamar a atenção para a necessidade do acompanhamento do processo, fazendo alusão aos graves problemas enfrentados pelas políticas de cotas em certames universitários e concursos públicos por todo o Brasil. “É uma vitória do povo negro, resultado de muita luta e resistência. Devemos sim comemorar, mas sem descansar. Não podemos abrir espaço para a ‘afro-conveniência’, que tem feito sucessivos ataques às nossas conquistas”, alertou Sílvio, fazendo referência aos casos de falsidade nas autodeclarações de negritude em concursos públicos.

A nova política aprovada pelo Conselho Universitário da USP, órgão máximo de decisão da universidade, já vale para o próximo vestibular da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular). Em 2018, a USP oferecerá 11.147 vagas de graduação, sendo que 75,4% serão selecionadas pela Fuvest e 24,6% serão oferecidas pelo Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que usa a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Com informações do Portal G1.​