A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) defendeu, nesta quinta-feira (29), uma maior equiparação nas condições de disputas entre homens e mulheres nas eleições. Ela participou do painel Mulheres na Política, promovido pelo Tribunal Regional Eleitoral, e dividiu a mesa com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Bahia, Luís Viana Queiroz e a ministra do Tribunal Superior Eleitoral, Luciana Lóssio.

Segundo Lídice, as mulheres enfrentam diversos obstáculos  no processo eleitoral que vão da dificuldade para obter financiamento ao machismo. Ela lembra que ainda são poucas as mulheres de trajetória individual com mandatos e defende o estabelecimento de cotas, sobretudo nas eleições proporcionais, onde segundo ela o cenário é ainda mais desfavorável. “No Senado, as mulheres representam apenas 15% dos 81 parlamentares da casa, que conta com um total de 69 homens. Já na Câmara, a presença do sexo feminino é ainda menor, com apenas 45 deputadas, enquanto que o número de homens é de 468 congressistas”, alertou.

A ministra do TSE, Luciana Lóssio, afirmou que o Brasil ainda está muito atrasado no que se refere à presença feminina na política. “No mundo, estamos atrás de países onde as mulheres têm poucos direitos como Iraque e Afeganistão e nas Américas, estamos apenas à frente de Belize e Haiti”, disse a ministra que também defende o estabelecimento de cotas para as mulheres em mandatos eletivos.

Atualmente, conforme Lóssio, as mulheres são lembradas essencialmente para cumprir a lei que estabelece um mínimo de candidaturas de pessoas do sexo feminino.

Luís Viana Queiroz disse que já colocou o projeto de cotas em prática e que a chapa vencedora da próxima eleição da OAB terá 30% de mulheres obrigatoriamente.

 

Ascom senadora Lídice da Mata

29/10/2015