O presidente Nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o primeiro secretário Nacional, Carlos Siqueira, também na qualidade de presidente da Fundação João Mangabeira (FJM), já começaram a enviar os convites do seminário que irá reunir, em Brasília, os 443 prefeitos eleitos pela sigla em 2012. O Seminário: Governos Municipais Socialistas – 2013/2016 será realizado nos próximos dias 30 de novembro e 1º de dezembro no Hotel Nacional e terá uma conferência do próprio Eduardo Campos para os recém-eleitos na abertura. Ele abordará o tema Novo Federalismo Brasileiro.

 

A ideia do evento surgiu nas reuniões da Executiva Nacional após o ótimo resultado do PSB nas Eleições de 2012: foi o partido que mais cresceu em relação a 2008, com 42% mais prefeitos eleitos; o que mais elegeu prefeitos de capitais – cinco; o que alcançou o maior índice de reeleição de seus gestores – 71,8%; e também o que mais ampliou o número de eleitorado a governar – 101%, o que totalizará uma população de 15,4 milhões sob a gestão dos socialistas.

 

Destinado tanto aos prefeitos eleitos pela primeira vez quanto aos reeleitos, o Seminário pretende estabelecer, desde logo, uma relação mais proveitosa entre o Partido, a Fundação João Mangabeira – responsável pela Formação Política e Reformulação de Políticas Públicas do PSB – e os novos membros do Poder Executivo Municipal a partir de 2013. Em função disso, a FJM aproveita o encontro para lançar duas publicações suas que foram elaboradas pensando justamente nas dificuldades de gestores estreantes. Uma compila e avalia as Fontes de Financiamentos de Projetos junto ao Governo Federal e a outra trata de Como Elaborar Projetos.

 

Para o presidente da Fundação João Mangabeira, Carlos Siqueira, o Seminário é mais do que oportuno. “O PSB tem tido um crescimento consistente e a cada eleição se expande mais, crescendo não apenas em número mas também em qualidade, como revela o alto índice de reeleição de nossos prefeitos”, avalia. “Isso significa que a maioria da população aprovou o desempenho das administrações socialistas em todo o país, o que, ao mesmo tempo, exige uma responsabilidade maior do partido”.

 

Por isso, aponta Siqueira, o PSB fez questão de colocar entre suas prioridades o debate sobre como ajudar os novos prefeitos. “Tanto para que correspondam a essa responsabilidade que a sociedade brasileira nos atribuiu nas urnas, quanto para que possamos expandir, de fato, o jeito PSB de governar. O Seminário será o primeiro instrumento desse debate”.

 

Orientação nacional

 

Eduardo Campos ressalta que o Seminário: Governos Municipais Socialistas – 2013/2016 é uma contribuição objetiva que o partido deve dar aos que se elegeram. “Vamos colocar à disposição deles experiências, ferramentas e subsídios que serão importantes não só para os que vão necessitar fazer a transição de outros governos, mas também para aqueles que já estão nos mandatos e foram reeleitos”, detalha, lembrando que o partido já teve uma preocupação nesse sentido quando preparou seus pré-candidatos a prefeito. “Fizemos dois grandes seminários com experiências exitosas do próprio PSB e cursos em gestão pública, o que influiu positivamente nos programas de governo apresentados por eles em suas campanhas.”

 

O presidente Nacional da sigla também adianta um pouco do conteúdo do Seminário em Brasília. “Basicamente, vamos levar uma análise de conjuntura, para que os prefeitos tenham ideia de como vai ser o primeiro ano da administração. O primeiro ano normalmente é o mais duro, em que se trabalha com o orçamento que foi feito pelo prefeito anterior. E é preciso, mesmo neste contexto, fazer diagnósticos e tocar projetos que fazem parte do programa de governo. Isso para quem está iniciando. Quem foi reeleito já é outra circunstância”, explica.

 

De acordo com ele, a primeira preocupação é ter uma análise clara de conjuntura dos municípios que irão governar, que o partido irá repassar aos prefeitos eleitos com o apoio dos economistas e técnicos ligados ao PSB. O próximo passo é proporcionar uma ideia dos primeiros passos para uma boa gestão. Ou seja, compartilhar as experiências que deram certo, de quem soube fazer os primeiros dias, os primeiros 100 dias e o primeiro ano – aquele velho passo a passo que vem da experiência de cada um dos gestores. Isso, aponta Campos, ajudará nas atividades meio dos novos prefeitos.

 

Já na questão fiscal dos municípios e também nas principais áreas de demanda da população – como saúde, educação, infraestrutura – o Seminário buscará reunir uma coletânea de passo-a-passo para as diversas áreas. Por exemplo, aquele município que quer ter contato com uma experiência exitosa para suporte na área da saúde, encontrará isso no Seminário, assim como quem buscar cases bem sucedidos na área da educação infantil como uma prioridade para os municípios.

 

“Também estamos prevendo um material para subsidiar a transição, como pedidos de relatórios, análises, acesso a pessoal preparado para fazer análise de relatório fiscal, visando o apoio aos prefeitos ao longo dessa transição. O PSB tem, na Fundação João Mangabeira, técnicos capacitados a ajudar os prefeitos eleitos e as equipes de transição a fazer consultas na atual gestão, enfim, dar todo o suporte a esses companheiros”, reforça Eduardo Campos. “Enfim, são esses nossos objetivos com o Seminário, para que o jeito PSB de governar vá sendo apropriado mais e mais pelas nossas gestões. E esse jeito PSB é aliar democracia com consulta e participação popular, controle social com eficiência no gerir. Gerir na direção dos que mais precisam, mas gerir transformando gasto ruim em gasto bom, podendo ter a aliança com a sociedade como uma aliança estratégica. E, claro, dar conta dos compromissos assumidos com quem votou na gente”.

 

Márcia Quadros – Assessoria de Imprensa do PSB Nacional
06/11/2012