Em entrevista exclusiva ao Bocão News, o secretário do Turismo do Estado da Bahia, Domingos Leonelli (PSB), fez um balanço pós Copa das Confederações e avaliou positivamente o processo, apesar de algumas dificuldades enfrentadas com a Fifa. Leonelli ainda revelou um quadro comparativo das ações realizadas na Setur durante a sua gestão e as anteriores. As atividades para o segundo semestre em todo o Estado, a relação com o secretário de Desenvolvimento Turismo e Cultura de Salvador, Guilherme Bellintani, e o novo produto turístico da Bahia, depois do São João, você confere abaixo.

Na segunda parte da entrevista, Leonelli fala da relação do PSB com o PT nacionalmente, sobre a candidatura de Eduardo Campos, a relação com o novo líder do partido na Assembleia Legislativa, deputado Sargento Isidório, e das manifestações dos últimos meses.

Bocão News – Qual é o balanço da secretaria após a Copa das Confederações?

Domingos Leonelli – Apesar das dificuldades que tivemos com a Fifa, que praticamente não permitiu a comercialização de ingressos para o mercado internacional, monopolizou muito e vendeu poucos ingressos para este mercado – menos de 8% para os jogos que aconteceram aqui -, os resultados foram muito bons para nós. No primeiro semestre de 2012 tivemos uma movimentação de passageiros de 1,8 milhão e no segundo trimestre de 2013 foram 1,9 milhão. Só no mês de junho deste ano subimos de 11,5 mil desembarques internacionais para 19,3 mil. Tivemos uma taxa de ocupação de até 99% no dia do jogo do Brasil, dentro dos 24 hotéis pesquisados pelo sindicato, e 74% no jogo Uruguai e Nigéria. Então, juntando a Copa das Confederações e o São João, que é a festa mais tradicional da Bahia, tivemos um incremento de 20% na economia do Pelourinho, reconhecidamente pelos comerciantes. Em público tivemos mais de 100 mil pessoas no Pelourinho nesses dias. Foi um sucesso.

Bnews – O que é preciso melhorar para a Copa do Mundo?

DL – A começar por esse sistema de venda de ingressos. Isso é fundamental. Precisamos ter um critério mais equânime. A Fifa tem que decidir logo quais são os países que virão jogar, para fazermos ações programadas nestes países. Nós fizemos na Itália e no Uruguai, mas tivemos problemas, pois fizemos a promoção e não tinham ingressos para vender.

Bnews – Foram feitos importantes investimentos no primeiro semestre. Quais as ações para o segundo semestre?

DL – Nós fizemos um grande investimento no primeiro semestre, que normalmente é o mais difícil, devido à baixa estação, então nós compensamos esses meses com o Salão do Turismo em abril e a Stock Car em maio. No segundo semestre nós vamos ter investimentos mais localizados, como campeonatos de surf, motobike, Brasil Rider na Chapada, Copa Vela de Paulo Afonso, Regata Aratu em Maragojipe, que são eventos que atraem turistas e ajudam a interiorizar o turismo. Ainda temos a Parada Gay, que estamos realizando pelo segundo ano, e a Semana da Diversidade Gay.

BNews – A secretaria tem ações específicas para este público. O que tem de novidade?

DL – Na Parada Gay em São Paulo falamos para dois milhões de gays. Colocamos Daniela Mercury em um trio, que foi uma ação de marketing mesmo da Bahiatursa para atrair para nós esse público, que são ótimos turistas, que consomem mais, podem viajar fora do período das férias escolares e ainda tem um consumo cultural mais sofisticado. E nós ficamos muito felizes porque em uma pesquisa que fizemos lá constatamos que 90% dos gays gostariam de vir para a Bahia. E com isso fazemos com que os hotéis fiquem mais movimentados, o comércio mais movimentado e gera mais trabalho para a nossa população.

BNews – Como funciona o Programa Cama e Café? Ele já foi pensado para suprir uma possível falta de leitos na Copa do Mundo?

DL – Não. Ele foi criado como um programa alternativo para incluir mais pessoas na economia do turismo. Pessoas que tem uma casa e que não podem investir para se tornar um grande hotel. Então nós qualificamos essas pessoas que tenham casas e queiram transformá-las em hospedagem. Damos linhas de crédito no Banco do Nordeste para que elas possam alterar a casa e qualificamos profissionalmente os empregados e os patrões que precisam de capacitação empresarial. É um programa inicial para 112 estabelecimentos. É um programa que ajuda também ao turista que não pode pagar para ficar em grandes hotéis.

BNews – O que é preciso para se inscrever na segunda etapa do programa?

DL – As pessoas podem se inscrever na Superintendência de Serviços Turísticos (Suset). Basta ter disposição com uma casa, de preferência no circuito cultural, perto de praia ou de uma atração turística. Nós já estamos fazendo isso nos municípios de Cachoeira, Amargosa, Santo Antônio de Jesus e para aqueles municípios que não tem capacidade para atrair grandes hotéis. Nós contratamos com o Sebrae para fazer uma capacitação profissional e empresarial dessa pessoas.

BNews – Quais as recomendações do governador Jaques Wagner para a sua gestão?

DL – Nós cumprimos a determinação do governador Jaques Wagner de basear nosso turismo em três eixos: qualidade, inovação e integração econômica. Além disso, ele nos determinou a interiorizar o turismo, e nós fizemos isso. Nós inovamos nos serviços turísticos. Por exemplo, o serviço de call center que nunca existiu aqui. Ele funciona 24h, em três línguas. Isso nos ajuda muito a atrair turistas. Temos o nosso portal que é muito rico, muito interativo. E agora temos um aplicativo para celular, o Guia Bahia Turismo, que disponibiliza todos os tipos de informações.

BNews – Quais os produtos que a sua gestão inovou?

DL – Temos o Espicha Verão realizado depois do carnaval como uma alternativa para que o turista fique mais dias aqui. Depois inovamos com o Salão do Turismo que reúne zonas turísticas do estado e atrai muita gente que quer “comprar” a Bahia, como operadoras do Brasil todo e agente de viagens. Criamos o Enoturimo – turismo de vinho na região do São Francisco, em Juazeiro. Trouxemos a Stock Car como um evento turístico, quando a rede hoteleira tem uma aumento de 15% na ocupação e que possibilita um envolvimento da Bahia no mundo automobilístico. Com o patrocínio do piloto Patrick Gonçalves estamos presentes em todas as provas da Stock Car nos outros estados. Além disso transformamos o São João da Bahia em um importante produto turístico.

BNews – O São João é a festa mais tradicional da Bahia. Como ela é pensada pela secretaria?

DL – Nós formatamos e vendemos para outros estados. Fizemos campanhas e desenvolvemos o apoio às festas no interior através de um edital dando cerca de R$ 4 milhões em apoio às cidades que realizam o São João. Mas nós avaliamos isso como um investimento de alto retorno, porque o São João movimenta muito a economia do Estado. No São João se vende mais cerveja que no carnaval, vende mais tênis que no carnaval. Ainda temos o fortalecimento da agricultura familiar, através da venda de licores, do amendoim, do milho.

BNews – Qual o recurso destinado às ações durante a Copa das Confederações e o São João?

DL – Nós gastamos cerca de R$ 8 milhões. Foram R$ 3,8 milhões no apoio ao São João, sendo R$ 1,6 milhão à operação no Pelourinho, na armação de palco e contratação de artistas e gastamos mais R$ 2 milhões em publicidade, para promover e vender a festa. Ainda destinamos R$ 200 mil para as quadrilhas de São João. E outras despesas gerais, como fiscalização e etc. Aumentou o investimento, mas também aumentou o retorno para os comerciantes que tiveram mais dias para vender seus produtos, já que nossas ações levaram 13 dias, ao contrário dos outros anos que geralmente são cinco dias.

BNews – A independência da Bahia virou um negócio turístico. Como isso pretende acontecer?

DL – O 2 de julho é o novo produto turístico. Lançamos em São Paulo junto com a CVC e isso incrementou em 15% as vendas no mês de julho da empresa. A CVC lançou um jornal com a capa contando a história do 2 de julho e divulgou isso, com toda a programação desse dia. E aqui lançamos a Opera da Independência, que foi um grande sucesso no Terreiro de Jesus.

BNews – A população reclama da decadência de alguns pontos turísticos da capital, como o Pelourinho, a Lagoa do Abaeté. Qual a responsabilidade que a Setur tem sobre isso e o que ela pode fazer para reverter a situação?

DL – Nós não temos nenhuma responsabilidade sobre isto. A secretaria tem um recurso pequeno e executa todo ele. Nós temos algumas ações que ajudam economicamente, como no Pelourinho com o Espicha Verão, o São João, a Copa e o 2 de Julho. Os outros pontos são de responsabilidade da Prefeitura. E acredito que isso deva melhorar com a nova gestão. Agora, eles têm uma secretaria do Turismo com um secretário competente. Houve um tempo que a prefeitura não respondia aos nossos estímulos. Nós realizávamos ações diretas para Salvador, mas quando os turistas chegavam aqui encontravam a decadência.

BNews – Como é a relação da Setur com o secretário de Desenvolvimento, Turismo e Cultura de Salvador, Guilherme Bellintani?

DL – O secretário Belintani tem procurado responder essas dificuldades, tem iniciativa. Já tivemos várias reuniões juntos, temos projetos em comum, como o Reveillón, por exemplo. A Parada Gay que também interessa a prefeitura e estamos vendo como é que participam. Eles têm um pouco mais de dificuldades, pois o recurso é pequeno, mas pelo menos tem interesse e eu acho isso muito positivo. E ele tem encontrado em nós todo o apoio que é possível darmos.

BNews – Como está o projeto da Feira de S. Joaquim? O que ficou decidido a respeito da gestão do espaço?

DL – A Feira de São Joaquim parece que finalmente está andando. O governo da Bahia já investiu cerca de R$ 20 milhões na recuperação do galpão Água de Meninos, no saneamento e limpeza da enseada da área marítima. Vamos investir na primeira etapa, onde ficará o mercado de peixes e mariscos e animais vivos. Já inauguramos o pátio dos grossistas, aqueles que descarregam alimentos e distribuem para os próprios comerciantes da feira. As obras atrasaram um pouco devido à desistência da empresa que achou que a obra era muito complicada, então isso dificultou muito e acabou deixando os feirantes insatisfeitos, e com razão. Além disso, nós não só cuidamos do “corpo” da feira, mas também da “alma” dela, que são as pessoas, com qualificação profissional. Temos R$ 1,5 milhão para investir nisso. Será 3,3 mil feirantes que receberão cursos de qualificação profissional e capacitação empresarial. A gestão da feira deverá ser compartilhada, talvez fazer uma organização condominial. Uma gestão entre o governo do estado, a prefeitura e o sindicato e associações dos permissionários da feira. Essa é a nossa intenção.

BNews – Como o senhor avalia a sua gestão? Qual o diferencial?

DL – Apesar de ter se trabalhado muito na gestão de Paulo Gaudêncio, nós demos um grande salto. Trabalhamos desesperadamente para conseguir chegar a estes números. Nós não crescemos apenas quantitativamente, mas também qualitivamente porque investimos na qualificação dos nossos serviços e em novo produtos. Nós planejamos e executamos bem as nossas tarefas. O nosso diferencial foi concentrarmos as nossas ações. A Bahiatursa nas outras gestões tinha a obrigação de fazer muita política porque divulgava a Bahia para o Brasil inteiro. Isso para a divulgação do Estado foi muito bom, mas para o crescimento do turismo, não. Eu reduzi essas ações para alguns estados e cidades, como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília, concentrando investimentos e esforços. E também reduzi a operação internacional e aumentei a nacional. Também buscamos mais investimentos junto ao governo federal e na iniciativa privada. Fomos o Estado que mais inaugurou grandes hotéis no Nordeste.

Quadro comparativo com a gestão anterior:

2001 a 2006: foram qualificadas 840 pessoas

2007 a 2012: foram qualificadas 13 mil pessoas

2001 a 2006: desembarcaram em Salvador 10,1 milhões turistas nacionais

2007 a 2012: desembarcaram 17,9 milhões (crescimento em cerca de 80%)

2001 a 2006: desembarques internacionais foram 565 mil passageiros

2007 a 2012: desembarques internacionais foram 1,04 milhão passageiros

 

2001 a 2006: investiram R$ 130 milhões de recursos captados do Ministério do Turismo; de 2007 a 2012 foram captados R$ 263 milhões e já está comprometido R$ 170 milhões para investir na Bahia de Todos- os- Santos.

BNews – Quais os países que mais “consomem” a Bahia?

DL – Pela ordem: Argentina, Estados Unidos, Itália, Espanha, Portugal, França e Alemanha. E os estados: São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Brasília.

Parte 2 – Conjuntura política

Comedido, o secretário do Turismo do Estado da Bahia, Domingos Leonelli, revelou com exclusividade ao Bocão News como está a relação do PSB com o PT nacionalmente, a candidatura da senadora Lídice da Mata ao governo do Estado e a possibilidade de haver duas candidaturas da base do governo. Para ele, o PT não pode pensar ser o único partido de esquerda a governar o Brasil. Leonelli também comentou sobre a postura do deputado estadual Pastor Sargento Isidório, que é o novo líder do partido na Assembleia Legislativa da Bahia. “Isidório atrapalha a ele mesmo e a política como um todo. O vocabulário que ele utiliza é incompatível com a boa educação”. As recentes manifestações no País também foram comentadas pelo secretário. Para ele, os partidos da base não estão aproveitando o momento para pleitear as candidaturas. “Este não é o momento”.

BNews – Como está a relação do PSB com o PT nacionalmente e aqui na Bahia?

DL – Nossa relação com o PT é ótima. Nós temos uma boa relação com o governador Jaques Wagner. Ele nos prestigia, a secretaria, e a senadora também. Caminhamos juntos em todas as eleições. Aliás, Lídice apoiou Wagner para governador antes do próprio PT. Na primeira eleição de Wagner, ainda se discutia o nome que seria candidato do PT e nós do PSB já o apoiávamos, como o melhor nome.

BNews – A candidatura de Lídice está confirmada?

DL – Lídice hoje tem uma posição muito confortável. Na última pesquisa feita pelo Instituto Bahia, Pesquisa e Estatística (Bapesb), ela estava em melhor posição dentro dos candidatos do governo. Melhor dentro dos seis cenários colocados, e em todos os candidatos da oposição. Ela pretende ser a candidata do governador porque não há hipótese dela fazer oposição a Wagner, pois ela estaria fazendo oposição a mim, a ela própria.

BNews – Existe a possibilidade de uma racha entre os partidos?

DL – Não existe essa possibilidade. O que pode acontecer é o governo ter duas candidaturas, ou a base do governo ter apenas uma, mas a hipótese dela ser candidata de oposição não existe. O PSB deseja que ela seja candidata, estamos colocando isso e encaminhando para isso. Pode haver a candidatura do PT e a nossa, mas fazer oposição a Wagner, jamais. Vamos continuar lado a lado com o governador. Também não acredito que o governador irá querer nos impedir de lançar nossa candidatura e fazer oposição a ele.

 

BNews – Existindo essas duas candidaturas como fica a relação?

DL – Nós vamos ser uma candidatura ligada ao governo Wagner, seguindo os mesmos princípios que seguimos até agora, pois estamos há oito anos juntos.

BNews – O deputado Pastor Sargento Isidório é o novo líder do partido na Assembleia Legislativa da Bahia. A atual relação entre o parlamentar e a senadora pode atrapalhar nessa candidatura, já que eles têm opiniões tão diferentes?

DL – Isidório atrapalha a si mesmo e a política como um todo porque ele diz barbaridades contra todo mundo, mas não creio que pode atrapalhar. Ao mesmo tempo eu o acho um sujeito contraditório, uma figura muito simpática, muito engraçado até, mas diz barbaridades, loucuras e utiliza termos chulos. Ninguém tem nada contra ele. Não tem nenhuma possibilidade de ter uma discriminação ideológica dentro do partido com ele, até porque temos muitos evangélicos e temos uma convivência ótima. O que realmente é contraditório ao nosso partido é no palavrório que ele utilizado para se referir às pessoas e as coisas. Ele usa um palavreado que é incompatível com a boa educação, com o trato dos companheiros.

BNews – E as referências que ele faz aos homossexuais?

DL – Nem o preconceito dele contra os homossexuais é o que cria problema se ele exercesse esse preconceito de forma educada. O problema é muito mais a falta de educação dele do que a ideologia. E nós não podemos obrigar a ninguém e ter determinadas atitudes.

BNews – Como o senhor avalia os outros possíveis candidatos do governo do estado – Marcelo Nilo e Otto Alencar?

DL – Eu os acho ótimos. O governador Jaques Wagner além de tudo tem muita sorte e habilidade. Porque poucos governadores no Brasil têm a posição que ele tem de só ter problemas na sua base, de ter seis candidatos para escolher. As candidaturas já colocadas são todas leais ao governo e a ele. A escolha por um ou por dois candidatos pode ser difícil.

BNews – O prefeito de Minas Gerais, Marcio Lacerda, fez uma limpa nos cargos direcionados ao petista Patrus Ananias. E o petista fez outra limpa nos cargos ocupados pelo PSB. O senhor teme que essa situação chegue à Bahia e à sua secretaria?

DL – A relação é diferente. Aqui na Bahia é uma relação de quase oito anos de governo. O governador tem razões para estar satisfeito comigo. Não há nenhuma desavença aqui. Inclusive a relação de Eduardo Campos com o Wagner é muito boa. Não acredito que esse radicalismo do PT chegue aqui.

BNews – Assim como a de Lídice, a candidatura de Campos está confirmada?

DL – Não. O partido defende, mas não queremos tratar disso agora. Acho que ele é um excelente nome para 2014 e principalmente para 2018. É uma alternativa. Não podemos pensar exclusivamente que o PT seja o único partido que possa governar o Brasil pela esquerda. Na esquerda existem outros partidos que podem, merecem e devem tentar exercer esse papel, e o PSB é um desses partidos que tem uma legítima posição de pleitear isso.

BNews – O senhor acha que as recentes manifestações desgastaram a imagem do PT e esse seria o momento para alguns partidos da base se aproveitarem para lançar essas candidaturas?

DL – Eu acho que desgastou a política como um todo e naturalmente o PT, que é um partido hegemônico no governo, sofreu mais esse desgaste. O movimento de rua, como é o caso desse, tem um caráter, inevitavelmente, oposicionista, que cobra coisas com palavras de ordem que são de oposição, de insatisfação. Naturalmente essa insatisfação é contra o PT por ser o maior partido e sofreu o maior desgaste. Não que seja diretamente para o PT, mas qualquer partido que ali estivesse sofreria também. Mas não acho que esse seja o momento para aproveitar da situação. Nem o Eduardo Campos colocou isso, em nenhum instante. Pelo contrário, ele foi bastante solidário.

Foto: Roberto Viana/Bocão News