Diversos boatos e informações falsas ainda circulam pelas redes sociais após uma semana do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, no Rio de Janeiro.

Os ataques caluniosos espalhados pela internet, na sua maioria, justificam o crime brutal pela opção política de Marielle e sua história de vida. Para Daniela Santos, secretária de Mulheres de Salvador, o que Marielle representava determinou esse trágico fim. “Ela não era apenas uma lutadora, estava engajada na luta contra o racismo, machismo, feminicídio, abuso e violência policial. Ela lutava por igualdade”, pontua.

“A história de vida de Marielle, vereadora, mãe na adolescência, jovem de 38 anos, guerreira e de uma comunidade carente mostra ao mundo o que é ser uma mulher negra nesse país. Todas as difamações nas redes sociais dizem o oposto do que foi essa mulher, ferindo seus familiares e a todas nós”, ressalta a coordenadora do Nordeste na Secretaria Nacional de Mulheres do PSB, Luciana Cruz.

A polícia ainda não apresentou nenhuma resposta sobre os motivos do crime e a identidade dos assassinos. “Não vamos descansar, queremos justiça, não daremos um passo para trás”, enfatiza Daniela.

Diversas manifestações e atos em homenagem a Marielle e para pressionar as autoridades quanto a investigação do crime estão acontecendo em todo o país. “Vamos continuar na luta, na rua. Não vamos nos calar. Vamos continuar denunciando. Estamos aqui e queremos o nosso lugar”, reforça Luciana.