O Conselho Curador da Fundação João Mangabeira (FJM) elegeu, por unanimidade, na tarde desta segunda-feira (17), o governador da Paraíba Ricardo Coutinho como novo presidente da instituição pelos próximos quatro anos. Coutinho sucede o governador eleito do Espírito Santo, Renato Casagrande.

Na reunião, realizada na sede nacional do PSB, em Brasília, também foi eleito o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), para a Diretoria de Estudos e Pesquisas, em substituição ao atual diretor Milton Coelho. Durante o encontro, os conselheiros assistiram um vídeo sobre o XIV Congresso Nacional do PSB, ocorrido em março deste ano.

O presidente nacional do PSB e do Conselho Curador da FJM, Carlos Siqueira, apresentou os resultados eleitorais alcançados neste ano pelo partido e destacou que as mudanças na conjuntura política, partidária e eleitoral, a partir do próximo ano, “não permitem aos socialistas descansar, mas sim se preparar para enfrentar desafios ainda maiores”.

“Creio que a Fundação, como um braço de formação política do PSB, vem desempenhando há algum tempo um papel muito significativo na vida do partido, na politização da unidade partidária. A nova diretoria terá um novo desafio que requer um esforço ainda maior do que aquele feito até agora, e também a unidade do partido, o entusiasmo para o enfrentamento das dificuldades naturais, sobretudo com a eleição para Presidência da República, pelo futuro da nossa própria democracia”, afirmou Siqueira.

Em sua despedida como presidente da FJM, Casagrande agradeceu aos membros do conselho curador e da diretoria pelo apoio às atividades desenvolvidas durante os quatro anos à frente da instituição. Ele ainda ressaltou a importância da produção de conteúdo da Fundação para a qualificação de seus quadros e militantes.

Casagrande parabenizou a eleição de Coutinho e afirmou que, neste momento de dificuldade no país, em que os partidos estão perdendo prestígio e o conservadorismo ganha espaço na sociedade, é preciso que a Fundação e o PSB estejam alinhados.

“É bom que a gente reconheça que a nossa tarefa árdua será fortalecer o partido e a Fundação. A FJM tem que contribuir com conteúdo para o partido ter posições atualizadas, para que tenhamos força e importância nesse momento do país. Nós temos que mostrar aquilo que nós sabemos fazer, mostrar nossas experiências de sucesso em mandatos e governos, e apontar caminhos de forma propositiva para a população brasileira”, disse.

O presidente eleito da FJM, Ricardo Coutinho, agradeceu a confiança dos conselheiros. “A experiência que se inicia a partir de janeiro terá muito estudo, formulação, debates e execução de projetos com o objetivo de ampliar e qualificar a formação da nossa militância. Espero contar com o apoio e o incentivo deste conselho e da diretoria para poder avançar com essas ações”, disse.

“A minha palavra para definir esse momento não é mudança, mas a potencialização dos avanços que observamos como resultado do trabalho das gestões anteriores”, afirmou o socialista.

 

Na ocasião, também foram lançadas três publicações produzidas pela FJM. A primeira edição do Práxis da Secretaria Nacional de Mulheres traz um relatório de todas as ações realizadas ao longo dos 18 anos de criação da SNM. O Curso de Formação Política da Negritude Socialista Brasileira é uma coletânea de três módulos com análises histórica, filosófica, política e econômica do povo negro, além de temas como a inserção nos espaços de poder, na educação e no mercado de trabalho e o enfrentamento ao racismo. A publicação História do Partido Socialista Brasileiro – Amapá também foi lançada na reunião.