De forma unânime, o projeto do vereador Marcell Moraes (PV) que pretendia proibir o sacrifício de animais em rituais religiosos foi reprovado e arquivado na Câmara Municipal de Salvador, durante a sessão ordinária desta terça-feira (07). A votação aconteceu depois que foi solicitada urgência urgentíssima e 29 vereadores acordaram em apreciar o projeto em plenário.

Na busca de tentar evitar que o projeto fosse votado, um grupo de vereadores Marcell Moraes (PV), Geraldo Júnior (PTN), Toinho Carolino (PTN), Trindade (PSL), saíram do plenário, mas o número de parlamentares presentes foi suficiente para seguir o parecer da comissão de Justiça e decretar o projeto inconstitucional.

Para o vereador Sílvio Humberto (PSB), que foi o primeiro a afirmar a inconstitucionalidade e o teor intolerante do projeto, a reprovação de forma unânime na Câmara é uma conquista do povo de axé, que ocupou a casa legislativa por dois dias consecutivos. “Saímos vencedores. Avisei, desde o inicio, que éramos um povo forte, unido e conhecedor dos nossos direitos. Como filho de Xangô e Ogum, tinha certeza que a justiça seria feita. A força da natureza está do nosso lado”, afirmou.

Após o projeto ser rejeitado, o vereador Marcell Moraes tentou se redimir com a comunidade das religiões de matrizes africanas. “Fui mal interpretado, estava citando as religiões que matam gatos pretos. Não falei do candomblé”, disse o edil do PV, sem saber citar quais manifestações religiosas tem esse tipo de postura.

Fonte: Assessoria de imprensa do vereador Silvio Humberto