8A2EBBB2-1393-457D-BCB8-41A5D18DB9ADA Negritude Socialista Brasileira (NSB) de Salvador realizou, na noite desta quarta-feira (17), na sede do PSB da Bahia, o primeiro Congresso, que faz parte da programação da Autorreforma e discutiu “A Luta Partidária do Povo Negro”.

Compuseram a mesa do debate, o presidente Municipal da legenda, vereador Silvio Humberto; a integrante do Diretório da Capital Baiana, Cássia Magalhães; a professora e militante do Movimento Mulheres Negras de Salvador, Marcia Ministra; e a cientista política, Waneska Cunha.

Silvio Humberto deu início às falas e sublinhou o quantitativo da população negra na Bahia, e na cidade de Salvador, que é maioria, e precisa se valer, “sobretudo” nos espaços de poder. Além disso, o edil reforçou que o legislativo precisa ter “a cara dessa população”. Nós, que lidamos com o racismo estrutural e sistêmico, precisamos de ações sistêmicas, como essa atividade que estamos realizando”, acentuou.

A integrante do Diretório Municipal do PSB Salvador, Cássia Magalhães, ressaltou a necessidade do trabalho nas bases, com organização desse processo de formação política dentro dos bairros. A socialista também reforçou a importância da formação de um “grande movimento da negritude” nas bases, para ir à luta nesse processo de conquista nos espaços executivos, legislativos, Câmaras Federais e contra o atual governo, “responsável pelo genocídio do povo preto e da juventude fora das escolas, com essa estrutura completamente sucateada. Precisamos quebrar essa hegemonia de homens brancos nos comandos e nas estruturas de poder”, disse. Magalhães também destacou a importância da negritude socialista fazer parte “atuante”, com conhecimento das teses, no processo de Autorreforma do partido.

Em sua fala, a cientista política, Waneska Cunha, fez uma breve análise do cenário político, a partir das composições de estrutura dos partidos políticos por pessoas negras. Dentro de um breve contexto histórico, que envolve um racismo estrutural, ela apontou questionamentos como “Onde estão os negros nos espaços de poder?”, que levam à reflexão sobre a ausência de negros e negras nas lideranças e nos diversos espaços e que “deve ser feito e iniciado dentro dos partidos e das instituições, para dar condições para esse processo de igualdade racial ser executado”, destacou.

A militante do Movimento Mulheres Negras da capital baiana, Márcia Ministra, enfatizou a ocupação de negras e negros nos Diretórios Municipais. E salientou que, em um País composto por 5.570 municípios, somente 283 vereadores são negros (as). “A frente negra precisa refletir sobre o papel da negritude dentro dos partidos e nos espaços de poder”, disse

O evento contou com Ato de Eleição e Posse da Executiva da NSB e apresentações de Gabby Santana, Sérgio Baleiro, da Banda Afro-Nago, e o Grupo de Capoeira Gingado Baiano.

Estiveram presentes, Luciana Cruz, secretária estadual de Mulheres; o integrante da Executiva Municipal, Fábio Lima; o secretário da NSB da capital baiana, Marrom Maneiro, representantes dos segmentos da Juventude Socialista, do PSB Inclusão e do LGBTQIA+. O congresso foi mediado pelo integrante da NSB, Tom Nascimento.

Coordenação de Comunicação do PSB Bahia
Cássia Bandeira
Jornalista – DRT: 5210/BA