A pré-candidata ao Senado pelo PSB, Eliana Calmon, defendeu o combate à corrupção como forma de assegurar o desenvolvimento sustentável do País. “Não se trata só de caçar marajás, de sair por aí prendendo um ou outro corrupto, mas sim de mudar as estruturas do Estado para impedir a corrupção,”, afirmou, durante evento político que reuniu, em Ilhéus, os pré-candidatos ao governo da Bahia, à Presidência e vice-presidência da República, Lídice da Mata, Eduardo Campos e Marina Silva.

A ministra criticou o governo brasileiro por não apoiar a inclusão do combate à criminalidade e à corrupção como uma das propostas de meta de milênio da Organização das Nações Unidas (ONU). “O combate à corrupção e a questão da insegurança pública são desafios fundamentais para a sociedade brasileira”, acrescentou.

Eliana Calmon também defendeu mudanças na distribuição do dinheiro arrecadado dos impostos para a União, Estados e Municípios. “Os prefeitos ficam quase de pires nas mãos atrás de recursos e o governador atua como um feitor do governo federal, repassando recursos de acordo com suas preferencias político-partidárias. Isso tem que acabar”, assinalou.

Para um auditório lotado por militantes, a ministra aposentada do STJ explicou que lançou-se à atividade política partidária por acreditar em uma nova forma de fazer política. “Há um século que a Bahia vive essa política do toma lá, dá cá. É possível fazer diferente, como ensinam Marina Silva e Eduardo Campos”, disse.

Em seu discurso, a pré-candidata do PSB ao governo baiano, Lídice da Mata, atacou o exclusivismo do PT, lembrando que o partido nunca admitiu que os seus aliados cresçam. “Não queremos a continuidade dessa política exclusivista do PT. A continuidade do PT significa o caminho da não política”, afirmou, acrescentando que a era do PT deve acabar nessas eleições porque “ninguém gosta de café requentado ou de chocolate frio”.

Marcone Gonçalves, Ascom Eliana Calmon