Os desafios gestão pública e orçamento para a educação foram discutidos nesta sexta-feira (9), durante o III Seminário Pensar a Bahia Sustentável, promovido pelo Instituto Pensar, na Faculdade Dois de Julho, em Salvador. O painel, que reuniu especialistas na área da educação contou com a presença da senadora Lídice da Mata e o presidente do Instituto, Domingos Leonelli, além de professores e psicopedagogos.

A importância da padronização tecnológica e dos sistemas de informações na Rede Estadual de Ensino foi abordada durante a explanação do consultor Hélio Jerk, responsável por um projeto realizado em Pernambuco, financiado pelo Banco Mundial (Bird). Presente na discussão, a senadora Lídice da Mata recordou as ações de modernização do sistema educacional municipal, realizadas em sua gestão à frente da prefeitura de Salvador. “Fomos a primeira cidade do Brasil a disponibilizar internet para os estudantes da rede pública de ensino. Hoje, falar em colocar internet nas escolas soa como algo da idade da pedra, mas nos anos 90 isso foi um marco”, afirmou Lídice ao se referir ao projeto implantado na escola da comunidade do Marotinho, no ano de 1995.

A senadora Lídice da Mata lembrou ainda que este projeto serviu de base para um programa do Governo Federal, que aliava aulas através de sistemas de vídeo com a internet. Ela também ressaltou o sistema de democratização na educação realizado nos anos 90. “Naquela época, colocamos os professores para serem ouvidos e colocamos muitas das propostas deles em prática”, disse.

Experiência bem sucedida

Durante sua explanação, Hélio Jerk ressaltou o choque de gestão na educação feito pelo governo pernambucano entre os anos de 2008 e 2009. “Levamos um tempo para fazer o diagnóstico e, a partir dele, montamos um cenário, que contou com a contribuição de diversas áreas de governo, à exemplo do Planejamento, Educação e o próprio Gabinete do Governador e era importante que esse plano fosse compreendido pela sociedade”, disse.

Avanços – Os principais ganhos apontados por Jerk no sistema público educacional pernambucano foram o acompanhamento das metas estabelecidas para o setor, a automatização de bibliotecas e salas de aula, a formatação de um sistema que garantia mais autonomia às escolas e a criação de um sistema de web que interliga os atores envolvidos com a Educação no Estado. “Hoje, o governo, a Secretaria da Educação, o colégio e os professores têm todo o controle da vida escolar do estudante, através de sistemas informatizados. O prontuário do aluno é digital”, explica.