Foi instalada nesta quinta-feira (26) uma Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a apurar as causas, razões e consequências dos casos de assassinatos e desaparecimentos de jovens negros e pobres no Brasil. Membro titular da comissão, que já foi batizada popularmente como a CPI do Extermínio da Juventude Negra, o deputado baiano Bebeto Galvão (PSB) destaca que a CPI terá um papel fundamental propagar ao país números alarmantes que comprovam a execução dos jovens pobres e negros. De acordo com o Mapa da Violência, o Brasil registra o homicídio de 30 mil jovens por ano, e desse número 80% corresponde a negros. Para Bebeto, a CPI terá ainda a missão de fazer com que o Estado brasileiro execute ações mais concretas que reflitam em resultados eficazes.

“O governo brasileiro já admite que existe o extermínio da juventude negra, mas ainda não admite que há uma clara ausência do Estado para combater o extermínio, que na maioria das vezes, é provocada por agentes públicos do governo”, afirma Bebeto, que garante que irá se debruçar sobre o caso.

O deputado Bebeto comenta ainda que trata-se de um tema tão sério e urgente, que os casos de assassinatos contra os jovens negros do Brasil foi o tema central da Audiência Pública da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA), ocorrida em Washington, nos Estados Unidos na semana passada. E a partir da emergência do assunto, a OEA já está preparando uma série de recomendações ao Governo do Brasil para tomar medidas mais concretas para o tema.

 

Ascom deputado federal Bebeto Galvão