A candidata ao governo pela coligação Um Novo Caminho para a Bahia (PSB/PSL/ PPL), Lídice da Mata, defendeu nesta sexta-feira (25), durante entrevista à Rádio Cruzeiro,  a ampliação do Programa Saúde da Família, o aumento no número de leitos  e a construção de novos hospitais no interior do estado: “Já temos hoje o Hospital de Barreiras, mas existe uma reivindicação no outro lado da região Oeste. É preciso construir um novo hospital na região do Rio Corrente”, exemplificou. “Há também a necessidade de construir outro na região de Itabuna e Ilhéus. O atual governo tinha isso como meta, mas não realizou”, disse a senadora.

Lídice acrescentou que é preciso focar na melhoria dos serviços: “O grande nó nos serviços de saúde pública na Bahia é a atenção de média e alta complexidade”, afirmou. Os serviços de média complexidade incluem exames de laboratório, cirurgias ambulatoriais, consultas odontológicas, entre outros. Os de alta complexidade incluem, por exemplo, tratamentos oncológicos, ressonância magnética e transplantes de órgãos”, acrescentou.

A candidata também comentou a necessidade de ampliar os leitos hospitalares. “Precisamos acabar com a saúde só de ambulância. Há um déficit de leitos hospitalares que precisamos corrigir, na Região Metropolitana e também no interior”, afirmou. Ela ainda criticou a sobrecarga dos estados e prefeituras no financiamento da saúde. “É preciso elevar a participação da União, que tem financiado cada vez menos a saúde nos estados e municípios, que acabam ficando sobrecarregados”, criticou. “Os municípios são obrigados a investir 15% da receita corrente líquida em saúde, mas estão investindo de 20% a 25%. O estado, que tem a obrigação de financiar 12%, também está investindo mais que isso. Já a União tem investido cada vez menos”, pontuou.

Bahia unida

Acerca do movimento separatista hoje existente no Oeste do Estado, Lídice diz que até entende os que peteiam isso, devido à falta de atenção do governo à região, mas defendeu a união do estado e uma maior integração entre regiões como solução. “A Bahia em vez de ser dividida precisa ser integrada. O fato de o estado ser muito grande e ter o tamanho da França é, ao mesmo tempo, sua força e sua fragilidade. A integração fará a força prevalecer”, disse.

Lídice voltou a falar da criação de uma agência voltada para o desenvolvimento do Oeste da Bahia e lembrou já ter defendido a ideia para o atual governo. “A ideia é reunir nessa agência várias instituições capazes de desenvolver a região, como as instituições federais, por exemplo, a Codevasf, as universidades, representações das secretarias de governo, etc”, sugeriu. Lídice lembrou que a região tem hoje uma importante participação no PIB do estado devido ao setor agropecuário.

Tempo de TV

Na mesma entrevista à rádio, Lídice minimizou o fato de sua aliança ter pouco tempo de TV. “Em 2010, apesar de ter pouco tempo de TV, vimos Marina Silva conquistar mais de 19 milhões de votos”, lembrou. Segundo a candidata, a perda de espaço da televisão aberta e a existência de novos canais para a divulgação de propostas relativizam o pouco tempo:

“Hoje temos a web e as redes sociais sem qualquer limite de tempo, o que nos possibilita estabelecer uma relação diferente com o eleitorado”, afirmou Lídice. “Além disso, o programa de TV hoje não atrai o eleitor e não chega a todos. Cerca de 27% do eleitorado têm acesso aos canais abertos via antena parabólica e não veem o horário eleitoral regional. Com a popularização da TV a cabo, menos gente ainda vê o horário político”, acrescentou.