Confira o artigo “Aprendizados e Reflexões Pós-Pandemia” de Jayme Neto, publicitário, empresário e pré-candidato a vereador de Salvador pelo PSB, para o site Bahia Notícias:

Estamos vivendo a história. Algo que nunca foi visto. Está acontecendo diante dos nossos olhos. Mas, quais cicatrizes ficarão? Pergunto isso pois, a cada dia, marcas são deixadas em nossa vida, em nossa personalidade, em nosso corpo e, por último, em nossa alma.

Costumo falar que a pandemia está nos ensinando, da pior forma possível, a nos tornar mais humanos, solidários e unidos. É muito duro ter que aprender noções básicas de solidariedade quando batemos a marca de 75.000 mortos por covid-19. Ou pior, ver e presenciar que, nem assim, outros conseguem exercer tal solidariedade.

Ainda assim, diante de toda essa dificuldade, talvez tenhamos aprendido a maior lição. Em muitos de nós surgiu e cresceu o sentimento de empatia. Empatia significa se  colocar no lugar do outro antes de tomarmos decisões, sejam elas de quaisquer naturezas. Entender que a dor do outro importa e, mesmo não a sentindo, devemos respeitá-la.

Dentro de um contexto de isolamento social, aprendemos a entender que o egoísmo deve ser deixado pra trás. Devemos sim, viver em harmonia com aqueles que nos cercam. Amor à família, amigos, mas exercer também o amor ao próximo.

Se a pandemia nos ensina na dor, a nossa amada terra nos ensina no amor. Mais uma vez, mostramos ao Brasil o que a Bahia tem. União, altruísmo, compaixão, respeito à ciência. Os números mostram que Salvador, e também a Bahia, ensinaram como se reinventar em uma crise.

Aqui, o trabalho sério venceu. E os resultados, por mais que criticados em alguns momentos, vieram logo atrás, reafirmando o quanto isso poderia ter sido evitado nas cidades que relaxaram no isolamento e na abertura precoce do comércio.

Existem, sim, muitos pontos sensíveis nessa discussão, que abrangem diversas classes sociais, mas acho que está mais do que claro que tratam-se de vidas, e que essas devem ser preservadas ao máximo.

O que defendo é: Não adianta abrir os shoppings e todo mundo aglomerar no primeiro dia. Não adianta abrir o comércio e as lojas voltarem com força total. Para isso, é necessário haver regras, coisa que prefeitura e governo têm tentado estabelecer, de forma que tenhamos a segurança necessária.

Defendo também que, problemas novos devem ser resolvidos com soluções novas. Estamos numa fase em que não podemos errar. E por isso, devemos priorizar as boas práticas que estão surgindo a todo momento.

Uma delas é o fomento ao comércio local, para favorecer o pequeno e médio empresário, bem como a criação de startups, que elevam a capacidade produtiva do estado, gerando empregos e um maior giro na economia.

Apostar no novo é fundamental para que saibamos criar novas formas de governar a cidade, com soluções práticas e que continuem correspondendo ao lugar de destaque que temos tido.