O presidente nacional do PSB , Carlos Siqueira, e o presidente da Fundação João Mangabeira (FJM), Ricardo Coutinho, abriram o Seminário Internacional sobre Economia Criativa, nesta quinta-feira (21), em Brasília.

Estiveram presentes deputados federais e estaduais, senadores, militantes, além de representantes dos segmentos sociais.

Siqueira destacou a iniciativa de o PSB debater o tema, de forma pioneira entre os partidos políticos, e defendeu que os socialistas trabalhem para que os conceitos de economia criativa sejam aplicados para o desenvolvimento de municípios, estados e do país.

“Precisamos continuar discutindo a economia criativa nas direções dos estados, com a sociedade, com os estudantes, com os empresários. Esse tema precisa ser materializado”, defendeu.

O evento segue nesta sexta-feira (22) com alguns dos maiores especialistas e autoridades nacionais e internacionais em economia criativa. Inclusão social, políticas públicas, cidades criativas, inovação e educação são alguns dos temas da programação.

Para o presidente do PSB, o debate sobre economia criativa deve ser entendido como uma resposta ao atual quadro de deterioração da política e de despolitização dos partidos e dos políticos.

“Neste quadro de adversidades que estamos vivendo, a resposta do Partido Socialista Brasileiro tem que ser da auto-renovação”, afirmou.

“Precisamos repensar, para que tenhamos mais identidade, mais propostas programáticas consonantes com a modernidade e com o desenvolvimento inclusivo que desejamos para o nosso país”, defendeu.

Siqueira lembrou que a economia criativa foi incorporada ao conteúdo programático do partido em março de 2018, durante o XIV Congresso Nacional. É a primeira vez que o PSB realiza um seminário internacional sobre o tema.

Para Siqueira, os socialistas devem enxergar a importância de um nova economia que tem base no conhecimento, na tecnologia e na inovação.

O presidente do PSB defendeu ainda que, para o desenvolvimento inclusivo de um país, é necessário que haja equilíbrio entre políticas econômica e social.

“Não se pode pensar a economia apartada das políticas sociais, e nem se pode pensar a política social apartada da economia. A política econômica existe para sustentar as políticas sociais”, sustentou.

“É preciso promover a igualdade distribuindo riqueza, e para se distribuir riqueza é necessário criar. E só se cria no desenvolvimento, e só se cria com economia moderna”, defendeu.

Nova economia – O presidente da FJM, Ricardo Coutinho, lembrou que a economia criativa é “a nova economia” e que ela está baseada no conhecimento e na tecnologia.

“O mundo não se divide mais em que tem exército e quem tem indústria. Uma nova economia vem surgindo, baseada em saberes, em tecnologia, e o PSB quer aprofundar esse debate”, afirmou.

“O PSB, com 70 anos de caminhada, tem a ousadia de colocar na agenda temas tão transformadores como a economia criativa. “Que a gente incorpore esse tema em nossos discursos e no dia a dia”, defendeu Coutinho.

Estiveram presentes Domingos Leonelli, secretário especial da Executiva Nacional e presidente do Instituto Pensar, responsável pela curadoria do seminário.

Também participaram os deputados federais Bira do Pindaré (MA), João Campos (PE), Lídice da Mata (BA), Rodrigo Coelho (SC), e a senadora Leila Barros (DF).

Estiveram presentes ainda os ex-deputados federais, Janete Capiberibe (AP), Odorico Monteiro (CE), Valadares Filho (SE), o ex-governador Rodrigo Rollemberg, o deputado estadual Serafim Correa (AM) e o ex-senador João Capiberibe (AP).

Além dos secretários nacionais dos segmentos sociais Valneide Nascimento (NSB), Joilson Cardoso (SSB), Tathiane Araújo (LGBT), Dora Pires (SNM), e Acilino Ribeiro (MPS).