Um acordo entre os parlamentares do PSB reconduziu, na noite desta terça-feira (12/2), o deputado Tadeu Alencar (PE) à função de líder do partido até julho deste ano, e indicou o deputado Alessandro Molon (RJ) para liderar a minoria na Câmara dos Deputados em 2019. Na metade do ano, a bancada escolherá o líder para o segundo semestre.

Pela terceira vez à frente da bancada socialista, que nesta legislatura possui 32 deputados, Alencar terá a missão de representar uma agenda oposicionista, de defesa dos interesses populares e dos direitos fundamentais.

Aos 55 anos, em seu segundo mandato, o líder reafirmou seu compromisso de manter a bancada do PSB alinhada à grande parcela da população que clama por um novo caminho na política.

“Temos a clareza da responsabilidade que cabe ao PSB neste momento de exercer a oposição ao governo, em respeito à decisão do eleitor. Mas, exercer a oposição com o senso de responsabilidade do momento grave que vive o Brasil, principalmente na economia, com milhões de desempregados”, afirmou.

Questionado sobre se alinhar a uma oposição radical, Tadeu Alencar disse que o PSB fará os enfrentamentos necessários, mas não se recusará a apoiar propostas que ajudem o país a sair da crise. “O momento é grave. Pede uma oposição consciente do seu papel e é a isso que vamos nos dedicar pela confiança da unanimidade de nossa bancada”, reforçou.

Aos 47 anos e no terceiro mandato parlamentar, Alessandro Molon assume a liderança dos partidos de oposição com a determinação de enfrentar o projeto antidemocrático e antipopular do governo Bolsonaro.

Molon destaca a importância do papel da oposição diante de um governo que, desde o início, ameaça conquistas históricas do povo brasileiro e avanços civilizatórios alcançados nas últimas décadas, como a redução da pobreza, a ampliação do acesso à educação e até a preservação da Amazônia.

Atualmente, Molon coordena a Frente Ambientalista da Câmara e é combativo defensor dos direitos humanos. Em seu primeiro mandato, foi o idealizador da proposta que inspirou a lei que destinou mais de R$ 200 bilhões para a educação, com o Fundo Social do Pré-Sal. Destacou-se como relator do Marco Civil da Internet e a defesa do fim do voto secreto no Congresso em casos de cassação.