Mais de 500 pessoas lotaram a plenária do mandato da senadora Lídice da Mata, na noite desta quinta-feira (26). O evento foi realizado no Colégio das Doroteias, no bairro do Garcia, em Salvador, e reuniu intelectuais, artistas e lideranças políticas da capital e do interior, diversos prefeitos, parlamentares como os deputados estatuais Marcelo Nilo, Alex Lima, Fabíola Mansur, Marquinho Viana e Angelo Almeida; os vereadores Silvio Humberto e Aladilce Souza (PC do B); dirigentes do PSB, como o secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, Rodrigo Hita, e o ex-deputado federal Domingos Leonelli; centrais sindicais, como CTB e Força; além de militantes, movimentos sociais e representantes de outros partidos de esquerda, como a ex-presidente da UPB, Maria Quitéria e a ex-vereadora de Salvador, Olivia Santana.

“É uma ideia de chapa que quero defender. Chegamos no poder para fazermos diferente. A esquerda precisa passar novos valores para a sociedade. É isso que eu represento. Defendo os interesses daqueles que são mais vulneráveis, não estou interessada em defender quem pode financiar campanha”, destacou a senadora.

Lídice também destacou a presença da mulher na chapa majoritária. “Se temos três vagas ao Senado, uma delas tem que ser de uma mulher. É preciso dizer o motivo para tirar uma mulher e colocar um homem”, indagou.

Primeiro parlamentar a falar, Marcelo Nilo disse que Lidice significa coerência e lealdade e ela não pode ser penalizada por isso e sim valorizada. Nilo disse ainda que a senadora reúne todos os requisitos para compor a chapa majoritária do governador Rui Costa, “uma vez que lidera as pesquisas, tem história na política e defende os interesses do povo baiano”.

A também deputada Fabiola Mansur destacou a trajetória da senadora e defendeu a sua reeleição. “Ela enfrentou o coronelismo lá atrás e volta a lutar contra ele novamente. Não reeleger Lídice é um ato de feminicídio político e ela é necessária às mulheres e ao País, pois representa muito bem o nosso estado em Brasília”, avaliou .

O deputado Angelo Almeida disse que tem andado por toda a Bahia “e as pessoas sempre me perguntam se ela será senadora e todos dizem que ela merece ser reeleita por tudo o que fez no Senado pelos baianos e brasileiros”.

Marquinho Viana destacou o fato da senadora driblar todas as adversidades e perseguições e sempre se destacar como uma voz que representa a Bahia com decência, com seu jeito honesto de fazer política, “sem nunca comprar voto de ninguém e sempre defendendo as suas ideias”.

O deputado Alex Lima, que se filiou recentemente ao PSB, também declarou apoio a candidatura da senadora. “Lídice tem 20 anos de PSB, eu tenho apenas 20 dias. Mas o que nos une são as bandeiras que ela representa. E por isso estou lutando ao lado dela”, completou.

A ex-vereadora, Olivia Santana, reiterou que não estava representando o seu partido, mas prestigiando uma grande mulher e uma amiga. “Lídice é a mulher da história da Bahia que já foi mais longe. Ela é protagonista da política no estado. Me sinto representada por sua ousadia e bravura. Se dependesse de mim, ela já estaria na chapa”, ressaltou Olivia Santana (PC do B).

“Lídice tem uma história que nos orgulha. Ela honrou todos os postos que ocupou pelo voto popular. A aliança da senadora é com o povo e não com prefeitos”, destacou Alisson Gonçalves, chefe de gabinete do deputado Bebeto Galvão.

Representando a área cultural, o presidente do Olodum, João Jorge, defendeu o nome de Lídice pro Senado por ser uma voz do povo no Congresso. “Não se trata de Lídice mais uma vez, trata-se de uma representação da mulher, dos negros. Hoje estão fazendo isso com Lídice, amanhã será com a gente. A Bahia não pode ser a terra do atraso, tem que ser do desenvolvimento”, disse.

O vereador de Salvador, Sílvio Humberto, comparou o momento político a um retrocesso civilizatório. “Ser de esquerda é ter um lado. E a nossa senadora está do lado certo da história. Lídice é gente que gosta de gente e se importa com gente”, pontuou.